sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

E agora...

...venha a Passagem d'Ano!

Gosto, confesso que gosto muito e até mais do que a época de Natal.

E, sobretudo, se for em casa, na simplicidade e conforto do meu lar, com imensa palermice e totozice à mistura.

Também gosto do sentido simbólico do momento. Mudar de ano é sempre um recomeço, uma nova oportunidade, um caminho para a mudança e para novos desafios.

Este ano, seremos quatro, ou seja, eu, a minha mãe e as minhas filhas. Não irá faltar o ritual do costume, que eu e a minha mãe tanto adoramos: ler as previsões astrológicas do novo ano. Ai, o que nós nos rimos!

E vou pôr as minhas franguinhas a fazer um teatro ou outra palhaçada qualquer.

Depois, contagem decrescente até à meia-noite, muita cowboyada na viragem do ano e um belo chá quentinho nos momentos seguintes (champanhe só para o brinde mesmo).

Finalmente, vamos para a caminha.

Eu sei, é um programa chato. Mas eu gosto e não há nada a fazer!

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Vida - 2.ª mensagem deste dia

Cristina Ferreira
www.momento da foto.blogspot.com
Há pouco, ao comentar esta mensagem da Maria XL, dei-me conta de uma verdade já batida, mas tão translúcida e simples, que até é uma vergonha não me lembrar dela mais vezes.

Ora, cá vai ela (a verdade):

Se nos enganamos a escrever, a desenhar, podemos amarrotar a folha e deitá-la fora. Pegamos numa nova e tentamos outra vez.

Se nos enganamos na vida, temos de continuar em frente. E temos de continuar na mesma folha, porque não podemos amarrotar os dias, deitá-los fora e pegar em novos, para reescrever a nossa história a partir do nada.

Lição de moral - Mais vale agora e mal feito do que nunca e nunca feito.

Uau! Que belo e inteligente momento de sabedoria! Parece mesmo um pensamento milenar, daqueles chineses! Lindo, pá!

Dieta - 1.ª mensagem deste dia

Quando recomeçar? Depois do Natal ou no dia 1 de janeiro?

Hum... começo agora ou não?...

Nota - Esta mensagem foi escrita ontem à noite e agendada para ser publicada mais logo. Mas tive oportunidade de vir a esta minha blogocasa e a resposta está, agora,  definida: começo agora, claro! Já comecei quando acordei, a beber água e a apetecer-me maçãs. Comecei já ontem à noite, quando me disse à minha mãe e cunhada, "Não, obrigada. Só levo um pouco de roupa velha e mais NADA." 
Ainda me falta muito para muita coisa estar bem... mas não ir completamente ao tapete já é um excelente princípio.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Felizmente


já acabou, o Natal.
É uma correria medonha nos shoppings, na cozinha, em todo o lado...

Mas, felizmente, já acabou.

Pontos positivos:
- doces - muitos e bons;
- família reunida;
- alegria das crianças (que é sempre o melhor de tudo);
- dormi que me fartei;
- só recebi duas sms de Natal (graças a Deus!);
- fomos poucos, mas bons.

Pontos negativos:
- doces - muitos e bons...
- não recebi uma única prenda;
- passei a noite sem as minhas filhas.

Conclusão: saldo positivo, malgré tout...

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Pergunta

As pessoas que estão sempre a anunciar que são muito felizes serão mesmo felizes?

Algumas parecem sempre felizes e escrevem coisas bonitas. Têm casas bonitas, filhos arranjadinhos, uma família fantástica e uma vida cheia. Têm um blogue bonito.

E eu, vestida com malhas cheias de borbotos, mãos secas dos detergentes, no meio desta salsada de brinquedos, papelada e roupa por passar, sinto-me uma verdadeira pindérica - o que me faz sorrir de cumplicidade com a vida.


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Revelada

Restavam estas....
2. Perdi a virgindade aos 14 anos.
3. Roubei um carro de compras do Continente.
4. Falsifiquei a assinatura de um médico.

A mentira foi descoberta pela sweet... Sim, é a 2. Aos 14 anos, tinha outros interesses mais adequados à minha idade (opinião minha). Divertir-me, estudar, conhecer novas pessoas...E não, sweet, não foi com a mesma pessoa com quem casei ao fim de 8 meses :) 

E, sim, roubei um carrinho de compras... Chovia que Deus a dava e tínhamos ido fazer compras para uma festa da nossa paróquia, com dinheiro da paróquia e com conhecimento do padre. Foi ele quem nos deu a chave do furgão que pertencia, claro, à paróquia. A mim e a outro amigo.

Feitas as compras, restava depositá-las no furgão. Eram tantas... chovia tanto... Disse o meu amigo, "Oh, não vamos estar a tirar isto tudo! Dá aí uma ajudinha." E pronto. Pego eu dum lado e ele do outro e levámos o carrinho connosco. (Tio Belmiro, perdoa-nos lá, pá!)

Quanto à falsificação da assinatura do médico, sim. E voltava a fazer o mesmo, as vezes que fossem necessárias. Foi ato único, contra os meus princípios, mas, sim, voltava a fazer o mesmo. Valores mais altos se levantaram...

sábado, 7 de dezembro de 2013

Mentira desvendada?

A propósito desta mensagem, em que desafio os meus imensos fãs... cof... cof... a descobrir a única mentira sobre a minha vida nos sete itens abaixo, posso desde já, fazer o ponto de situação:

A Maria XL destaca os pontos 1 ou 7.
A Sweet (Life is Sweet) considera que o ponto 5 ou o 6 serão mentira.
Ambas estão erradas. À frente de cada um dos itens apostados, dou o esclarecimento devido.

1. Fugi de casa durante dois dias. Fugi, sim. Aos 19 anos. Fui para casa dos meus avós. O meu pai queria, à viva força, que eu conhecesse um dos filhos dele do anterior casamento. E queria que eu convivesse com ele e com os outros filhos. E porque irmão só tenho um (o outro, do lado materno) e ninguém me obriga a gostar de quem não quero, fugi. Arrependo-me, porque deixei a minha mãe num estado miserável. Ainda hoje me custa pensar nisto...
2. Perdi a virgindade aos 14 anos.
3. Roubei um carro de compras do Continente.
4. Falsifiquei a assinatura de um médico.
5. Recebi, em dois dias, mais de 300 cartas de admiradores masculinos. Sim, recebi, quando tinha uns 25 anos. Uma colega, mais brincalhona do que eu, colocou um anúncio num jornal, há uns anos atrás, em meu nome e com a minha morada. Se eu pudesse explicar por palavras a vergonha que senti... Parecia um pesadelo... Cartas e cartas e cartas a entupirem-me a caixa do correio. E os comentários do carteiro? No início, abria as cartas todas e lia-as; depois, apenas as deitava fora. Deixei de as receber, talvez porque não respondi a nenhuma! O que eu aprendi: há pessoas que vivem numa solidão afetiva muito grande. (Quanto à colega, mandei-a passear, até porque nunca se retratou, nunca compreendeu o desagrado que me causou).
6. Uma vizinha apontou-me uma arma de fogo à cabeça. Sim, sim, aos 32 anos... Podre de bêbada, num certo Natal... Dizia ela, Ou matas-me tu, ou mato-te eu! E eu respondi, Deixe-se disso, vai mas é sentar-se  e acalmar-se. Depois disso... lembro-me que vomitou as minhas botas novas, que me apontou outra vez a arma à cabeça, aos gritos, Mata-me, mata-me!, embora a cabeça fosse a minha e não a dela. Vomitou mais uma vez e ficou a chorar, encostada à porta do elevador. Entretanto, os vizinhos espectadores chamaram a polícia. Depois, nunca mais a vi - julgo que era amante do fulano que arrendou o apartamento ao lado do meu.
7. Casei ao fim de 8 meses de namoro. Sim, e voltava a fazer a mesma coisa outra vez. O casamento não resultou, mas foi devido a outros problemas, que não os do namoro curto.

Pronto, restam estas....
2. Perdi a virgindade aos 14 anos.
3. Roubei um carro de compras do Continente.
4. Falsifiquei a assinatura de um médico.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Zabel na Casa dos Segredos



A lista que se segue contém dez factos sobre a minha vida, ocorridos após os 18 anos de idade.

Qual deles é mentira?

1. Fugi de casa durante dois dias.
2. Perdi a virgindade aos 14 anos.
3. Roubei um carro de compras do Continente.
4. Falsifiquei a assinatura de um médico.
5. Recebi, em dois dias, mais de 300 cartas de admiradores masculinos.
6. Uma vizinha apontou-me uma arma de fogo à cabeça.
7. Casei ao fim de 8 meses de namoro.



segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Árvore de Natal_e tudo o resto

De modos que a árvore ficou muito bem, com bolas douradas e vermelhas e muita luz.

Pus guirlandas douradas e vermelhas em cima dos quadros e pendurei todos as obras artísticas das minhas crianças na árvore.

Ficou taaaão lindo...

Agora, falta a parte mais importante desta instalação artística, que é o presépio, mas terá de ficar para esta semana.

É que, ontem, entre levar a baby a casa de uma amiga, ir buscá-la, ler dois livros (obrigatoriamente, por motivos já explicados), guardar roupa passada a ferro, fazer compras e arrumá-las, orientar a pré-adolescente no estudo do Inglês, entre outras coisas de que já nem me lembro... montar a árvore de Natal foi qualquer coisa de muito rápido, muito a correr. (Ai, mas que ficou taaaão linda...)

Coisas que não fiz: não envernizei as unhas, não depilei as sobrancelhas, não tirei o buço, não dormi até tarde, não me alimentei decentemente, não pensei na vida.

Esta sou eu, tirando o talento artístico.








domingo, 1 de dezembro de 2013

Árvore de Natal

Hoje, sim!!! É dezembro! Começa a época oficial do Natal! Yeahhhhhhh!
Vou fazer a minha árvore de Natal!!!!!!
E depois venho cá mostrar, sim? Sim, sim?

sábado, 30 de novembro de 2013

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Parar



No sábado passado, cometi a "loucura" de não fazer nada de nada. Ou seja, saí de casa, logo, não acabei relatórios, não respondi a emails, não passei roupa a ferro, não arrumei, lavei ou limpei... Fui antes namorar para as dunas de S. Jacinto, com direito a piquenique improvisado e peixe grelhado ao jantar.

E só não houve aventuras carnais (parece nome de filme porno...) nas ditas dunas, porque não estava a dar jeito nenhum. Pronto, é assim. Não estava a dar jeito nenhum, que nós cá gostamos de conforto e irrita a areia a entrar para a roupa e para o couro cabeludo lavadinho e perfumado. Ainda deu para umas boas gargalhadas, que faz sempre bem ao fígado!

De forma que voltamos a assumir a forma de um respeitável eh, eh, eh casal de meia-idade e retomamos o passeio de mão dada em direção ao restaurante...

Soube-me tão bem esta paragem!

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Entre a indignação e a certeza de que há amores que não morrem


"E porque é que não deixas as tuas filhas nos avós durante a semana?"

Estas foram as palavras de uma colega minha, considerando que estou realmente exausta e com uma vida para lá de atribulada.

Confesso que fiquei sem palavras, completamente incrédula. Que raio de sugestão era aquela? Ou seja, depois de o pai ter bazado, porque se sentia "muito oprimido no casamento e com a vida familiar" e porque precisava de "se reencontrar e experimentar um novo estilo de vida",  a mãe deixava as crias nos avós à semana, para não andar tão cansada!

Isto só ao estaladão!
É mesmos isto, não é, mamãs? :-)
Não, minhas pequeninas, a mãe não vos deixa nos avós, nem em lado nenhum. Nós somos uma família, mesmo que coxa e monoparental, por isso, estaremos sempre juntas!

E quando, um dia, voarem do ninho e experimentarem novas paragens, quero que saibam que a mãe estará sempre aqui, pronta para vos acolher e dar colo, com a mesma alegria e ternura de sempre!

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

domingo, 24 de novembro de 2013

Dizer palavrões



Quando fala com alguém, é a pessoa mais gentil, eloquente e agradável que conheço. Tem uma voz doce, melodiosa e muito determinada, ao mesmo tempo.

Mas depois fala assim...

- Ainda ontem, lavei a puta da varanda e já está toda fodida.
- Ó pá, olha a linguagem!
- Que linguagem? Não vês que é a puta daquela velha que mora por cima de mim? A grande puta põe-se a sacudir a toalha com a merda dos pelos do cão e depois dá nisto... Estou fodido...
- Não consegues mesmo falar doutra forma, pois não?...
- ... e o problema é que não se pode dizer nada à velha que ela começa logo a mandar vir... É um problema do caralho.
- (silêncio)
- Eh, eh, eh! Eu falo mesmo bem, não falo?
- Nem sei que te diga...
- Não ligues. É a minha maneira de falar.
- Bolas, mas é só comigo! Não te vejo a falar assim com mais ninguém.
- Ah, pois não! Não vês que isto significa que estou completamente à vontade contigo? E consigo conjugar o verbo foder em todos os tempos e modos. Queres ver? Eu fodo, tu  fodes, ele... (etc, etc, etc)... nós fodêramos, vós fodêreis... Ah, ah, ah, esta fica mesmo engraçada, fodêreis! Ih, ih, ih! Olha, fodemos todos no fundo! Não é uma maravilha? Ah, ah, ah!

Enfim... e namoro eu com este indivíduo! Já pensei em pôr-lhe pimenta na boca, mas ele era capaz de ficar f..... e de me mandar pró c......

sábado, 23 de novembro de 2013

Ter uma casa grande?


Num comentário a esta minha mensagem, dizia-me a sweet que tinha precisamente o problema oposto ao meu, ou seja, pouco espaço em casa e desejo de se mudar para uma maior.

A questão que levanto é a seguinte: precisaremos mesmo de uma casa maior ou precisamos de mais arrumação?... São coisas diferentes. Por exemplo, antes morava num apartamento T3 com uma área fantástica, mas havia poucos espaços de arrumação, pelo que tínhamos sempre a sensação de que não havia espaço. O problema teria sido facilmente resolvido com um bom sistema de armários, que os há bem giros e muito funcionais. 

A menos que se pretenda uma casa maior, devido ao número de pessoas que nela habitam, no fundo, muitas vezes o que pretendemos é ter as nossas tralhas arrumadas e acessíveis, ou seja, que estejam fora de vista, mas perto das mãos!

Quando mudamos para uma casa maior, há mais áreas para limpar e a tralha espalha-se com mais facilidade pelo tal espaço livre que tanto desejávamos (a não ser que todos os membros da família sejam organizados). Numa casa grande, especialmente se houver escadas, de repente, tudo parece inacessível e cansativo. 

Ainda ontem já estávamos no andar de cima, prontas para dormir, quando me lembrei que não tinha dado o xarope à mai'nova. Lá desci eu à cozinha, peguei no xarope, subi ao quarto, dei o xarope à piquena e pousei tudo na minha casa de banho. Entretanto, ia para a cama, e lembrei-me de que não tinha ligado a máquina da roupa... Precisava mesmo de a pôr a funcionar! Toca a descer mais dois andares, atravessar o salão e dirigir-me à lavandaria...

É apenas uma opinião minha, naturalmente, e muito marcada pela má experiência que ando a ter...

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Calendário do Advento

[Nota: já depois de ter publicado esta mensagem e de ter comunicado a minha intenção às minhas filhas, diz-me a minha mai'velha: 
- Deixa-te lá dessas coisas e compra mas é um calendário de chocolates...
De facto, dou-lhe razão... É que, apesar de achar a ideia gira, convenço-me de que já não posso fazer estas mariquices com a vida que tenho. Digamos que ainda não "matei" a Isabel antiga...]

Pegando num desejo antigo e em várias ideias recolhidas do blogue The Busy Woman ant de Stripy Cat, cá vai a minha lista para o calendário do Advento deste ano:

Fazer o presépio e decorar a árvore de Natal
Comer gelado à sobremesa 
Dar rebuçados aos colegas 
Jantar à luz das velas 
Doar brinquedos a uma instituição
Passear à noite para ver as iluminações de Natal 
Docinho surpresa… 
Ler, deitadas no chão, em frente à lareira
Jogar dominó ou cartas junto à lareira 
Criar uma tradição familiar
Tirar fotografias alusivas ao Natal 
Prendinha surpresa…
Requisitar livros e filmes na biblioteca 
Jogar bowling 
Tomar pequeno-almoço no shopping e comprar roupa nova! 
Prendinha surpresa… 
Ver um filme e comer pipocas 
Primeiro dia de férias…dia livre!
Hum… hoje a sobremesa é deliciosa! 
Jantar num restaurante novo
Docinho surpresa… 
Fazer uma ceia, com leite e bolachinhas, em frente à lareira 
Fazer um chá chique e especial de Natal 
Jantar de Consoada em família 
Almoço de Natal em família 

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

De rastos



Estamos a entrar naquela fase muito além do lamento ou mesmo do desespero. Não penso nos dias, apenas pairo sobre o meu próprio cansaço e faço tudo em automático.

Hoje, fui levar as crianças à escola e voltei de regresso a casa. Quer dizer, não voltei, porque dei-me conta de que estava enganada e que tinha de ir pelo caminho oposto, em direção ao trabalho. Inverti marcha no local mais oportuno e fui trabalhar, um pouco apalermada comigo própria.

Para não falar das vezes em que tento abrir o portão do parque de estacionamento do trabalho com o comando de casa.

Deito-me às 21h45, 15 minutos depois das crianças, apenas o tempo de lavar os dentes e de tirar as lentes de contacto.

Isto está mau - e não fosse tão mau, até tinha piada. Enganar-me e ir para casa... Pffff....

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Quando o espaço é a mais

Ontem, fui-me abaixo.

Preciso desesperadamente de vender a minha casa!! Não por dinheiro, mas porque é muita área para uma pessoa só...

Há dias, estive a reler a escritura e verifiquei que, afinal, a casa tinha mais m2 do que aquilo que eu supunha: tem quase 500m2!!! Ainda por cima, nem sequer é uma questão de ser obcecada com a limpeza e com a arrumação e querer ter tudo perfeito! É mais o facto de ter três andares e duas filhas pequenas, de demorar algum tempo a ir de uma área para a outra, de subir e descer escadas por tudo e por nada, de ver brinquedos, livros e papéis espalhados em todos os cantos, por mais que me esforce... Ou seja, está sempre tudo por fazer, apesar de eu estar sempre a fazer tudo (acho que me fiz entender...)

E o chão? Há tanto chão em minha casa, mas tanto, tanto... E o jardim? É só caldo verde. Não, não são ervas daninhas ou mato. É caldo verde mesmo.

O meu jardim mete nojo, aliás como a casa toda.

E a roupa que é como cogumelos ou outros fungos peganhentos... Lava-se, estende-se, passa-se, arruma-se, mas quando chego ao "arruma-se" já tenho muito "lava-se" e "estende-se" por fazer. Sem falar do "passa-se".

Por isso, ontem fui-me abaixo.

Chorei a tarde toda. Bem, não foi a tarde toda, toda... foi só um bocadinho, enquanto dobrava um lençol (sem passar a ferro que não dá para isso...). Mas, por dentro, chorei a tarde toda.

domingo, 17 de novembro de 2013

Saltos altos


Dores nas costas
Vertigens
Pontapé no rabo
Felizmente, não sou escrava da moda nem preciso de impressionar ninguém para andar com uns sapatos destes.

Por outro lado, um salto daqueles dava jeito para enfiar pela garganta abaixo de uma certa colega que eu cá sei... Hum... 


sábado, 16 de novembro de 2013

Ponto da situação

Cate Blachett

As minhas filhas acabaram de sair de casa com o pai, com quem passarão o fim de semana, e regressam amanhã após o jantar.




A minha mais velha, 10 anos, saiu no seu estilo habitual: como se nada fosse, quase sem me dar um beijo, e revoltada porque vai estudar matemática com o pai e não comigo. Faz-lhes bem, a um e a outro... À filha, para que dê um pouco de valor à mãe que tem; ao ex-marido e pai descontraído de fins de semana, para que veja o que é bom para a tosse, que a vida não é só levá-las a passear e dar-lhes mimo.

A minha mais nova, 7 anos, saiu também no seu estilo habitual: cheia de calor, a resmungar com o casaco que a mãe a obrigou a vestir, e a despedir-se com um enorme e apertado abraço.

O meu ex-mais velho, 41 anos, despediu-se no seu estilo habitual: ar apressado e um "até amanhã".

Agora estou só e estou muito bem. Coração meio murcho, que hei de sempre ter um cordão umbilical a ligar-me àquelas duas, mas mente lúcida e, finalmente, em silêncio.

Este dia tem de ser muito bem organizado, assim como o de amanhã. Entre roupa para lavar-estender-passar, ainda vai ter de dar tempo para dormir a minha sesta de tarde, dar um jeito na casa, deitar coisas foras, organizar a próxima semana e pensar na vida.

O meu mais velho, de 52 anos. Também vai dar tempo para jantarmos juntos, irmos ao cinema juntos e, acima de tudo, dormirmos juntos. Tenho saudades dele, do cheiro e do calor, dos abraços e do toque. E ele também tem saudades, que eu sei... Mas a vida de uma mãe divorciada é assim, e eu pertenço ao clube das que acha que ela e as filhas estão em primeiro.

A vida já nos deu muitas agruras... temos mesmo de tratar de nós!

Desejos de um sábado feliz. Até amanhã!

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Oração



Que este Natal seja de paz.

Que a minha mente se encha de quietude e serenidade.
Que à minha volta haja gente tranquila e de bem com a vida, mesmo que a vida pareça amarga e dura.
Que eu saiba levar a doçura, o riso e o conforto a quem mais deles precisam.

(E também me dava jeito ter uma roupita nova... mas, lá está, não se pode ter tudo).